Em tudo. Não, não é um exagero! Tudo pode servir de inspiração para escrever.
Há uns anos, lembrei-me que seria interessante escrever um livro sobre emigração quando estava a ver uma telenovela e um casal informa o filho que vai ter de emigrar, para ter melhores condições de vida. Foi por causa dessa cena que acabou por surgir o “Guia Prático do Emigrante”.
Uma vez, fiz uma reportagem sobre os homens que são fãs do Tony Carreira, depois de ter passado por um homem com uma tatuagem com o nome do cantor.
Também escrevi sobre homens e mulheres incríveis, com mais de 70 anos, depois de apreciar, dia após dia, uma vizinha com mais de 80 anos a fazer as suas compras e os seus passeios numa mota e com um capacete cheio de estilo.
Não é preciso nenhum dom para descobrir estas histórias, é preciso apenas uma coisa: estar atento. Observar, ouvir, absorver.
As histórias estão ao virar da esquina. Estão nas pessoas que se cruzam connosco todos os dias. Estão nas notícias dos jornais. Estão no talho, na sala de espera da repartição das finanças, na praia, no escritório… Aposto que hoje já todos passámos, ou vamos passar, por algo ou alguém que daria uma boa história. Basta prestarmos atenção.
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